quarta-feira, 24 de março de 2010

E não. Não é mania da perseguição.

Tenho vindo a reparar e a ter cada vez mais certezas acerca de um assunto muito próprio das conjunturas familiares. Além de não ser novidade nenhuma que as mulheres casadas têm que ter numerosos papeis (tais como: parceira, amante, amiga, mãe, dona de casa, enfermeira e ainda a profissão que escolheu ou não, ter), reparo que servem de bode expiatório para tudo o que acontece.

A definição do termo bode expiatório é: 'Aquela pessoa sobre quem se faz recair a culpa dos outros ou a quem se imputam todos os reveses e desgraças'

Se a miúda tem uma nódoa na frente da camisola, a culpa é minha.
Se o meu marido não anda bem disposto, a culpa é minha.
Se a casa tem pó, a culpa é minha.
Se o meu marido ao colocar o cinto, não reparar numa das presilhas e o cinto não ficar bem colocado, a culpa é minha.
Se o miúdo andar a distribuir sopapos na escola, a culpa é minha.
Se a minha casa não tiver a decoração ao gosto da visita, a culpa é minha.
Se os miúdos estão doentes, a culpa é minha.
Se o meu marido tiver a barba por fazer, a culpa é minha.
Se não há café, a culpa é minha.
Se o carro está sujo, a culpa é minha.
Se um qualquer aparelho doméstico se avaria, a culpa é minha.
Se o meu marido se esquece do aniversário da mãe, ui ui, então é que a culpa é mesmo minha!

Só me apetece mandar tudo ao ar e fazer greve, carago.
E em verdade vos digo: contentem-se todos com a mulher, parceira, mãe, nora, ou cunhada que têm, porque eu sou a única que vão ter nos tempos mais próximos. Tomem.

2 comentários

  1. Tem graça! Eu penso exactamente da mesma maneira... eu não tenho razão de queixa da minha sogrinha! Agora da sogra... não posso dizer o mesmo.

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  2. O que eu já me ri a ler isto!!! É verdade sim senhora! :D

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