segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cirurgia de Correção Hallux Valgus :: 18 meses Depois

A pedido de muitas famílias (sensivelmente uma por semana), venho mostrar os resultados da minha cirurgia feita há 18 meses e que consistiu na correção percutânea bilateral Hallux Valgus (vulgo, joanetes).

Na altura, publiquei dois posts sobre a cirurgia e o primeiro mês de recuperação, onde descrevo o tipo de cirurgia e aspectos relacionados com a mobilidade, dor e recuperação.
Neste post pretendo mostrar os resultados que parecem ter deixado curiosas imensas leitoras que me contactam frequentemente e que sofrem do mesmo mal. Também o faço por julgar ser importante divulgar este tipo de intervenção e a minha experiência pessoal no que toca a esta mazela ortopédica.

Quando olho para as fotos que tirei antes da cirurgia é que reparo no grau de deformidade que os meus pés já apresentavam! Lembro-me que a deformação avançou bastante nos últimos dois anos que antecederam a cirurgia: os meus dedos grandes começavam a sobrepor-se e todos os outros pareciam estar deformados também. A imagem seguinte mostra uma imagem dos meus pés em carga (de pé). É possível ver-se no pé direito pequenos ferimentos causados pelo roçar dos sapatos.


Esta outra imagem à esquerda mostra os meus pés em repouso. É bem notória a diferença e a deformação até parece menor em relação à imagem anterior.
A imagem à direita mostra o 15º dia após serem removidas as ligaduras e pontos. Foi necessário usar os espaçadores em silicone por um mês (e sempre fixos com fita adesiva). Este é um dos motivos que me leva a aconselhar a fazer esta cirurgia durante os meses mais frios: poderá usar calçado mais  fechado e confortável, e ninguém reparará sequer que se submeteu a esta intervenção. Escapará ainda ao calor que as ligaduras que mais parecem umas pantufas provocam (e que só serão removidas após 12 dias).


No meu caso pessoal, as dores da correção foram diminuindo gradual e lentamente. Após o primeiro mês já me foi possível caminhar normalmente e levar uma vida perfeitamente normal, mas sentia um pouco de dor ao flectir (colocar em pontas de pés, por exemplo) e ao saltar. Penso que foi por volta dos 4 ou 5 meses que deixei de sentir qualquer desconforto que me lembrasse a cirurgia. Cada caso é um caso e os tempos de recuperação poderão ser um pouco diferentes de pessoa para pessoa. Eu considero que tive uma óptima recuperação e sinto-me privilegiada por ter conseguido começar a conduzir em trajectos curtos logo a partir do sexto dia da cirurgia.

Devo sublinhar que tanto o lado estético como a parte motora estão agora a funcionar muito melhor. Já consigo calçar todo o tipo de sapatos sem estes me causarem feridas por ter o pé muito largo, assim como fazer longas caminhadas sem me começarem a doer a zona deformada do dedo grande, tornozelos e até as tíbias. Era um problema que afectava a minha marcha a vários níveis.
Esteticamente, foi uma grande melhoria também, e da cirurgia percutânea apenas restaram 3 marquinhas em cada pé (que mal se vêem).



Conforme me foi muitas vezes inquirido, adianto que as custas deste tipo de cirurgia poderão ser inteiramente comparticipadas pelo estado (pelo menos por enquanto...). No meu caso, contactei o meu médico de família e expus o meu problema. Foi-me emitida uma credencial para um Hospital Ortopédico para onde fui encaminhada, e onde apenas paguei alguns exames como análises e radiografias e três consultas (pré-cirurgia, pós-cirurgia e remoção de pontos). Creio que gastei menos de 35€ nestas despesas. A cirurgia feita no privado pode custar 10 000€...

Em relação ao número que calçava, esse manteve-se. Pensei que ao ficar com os dedos mais direitinhos isso pudesse significar que o pé ficava ligeiramente maior mas não, pelo contrário! A correção que é feita desbasta um pouco do osso e o meu dedo ficou efectivamente mais curto, mas não o suficiente para calçar um número inferior.
E agora já posso calçar todo o tipo de sandálias sem estas me magoarem ou assentarem de um modo estranho... Agora o meu pé já não fica tipo splat! quando estou de pé:


É aconselhável consultar um médico quando os primeiros sinais de desconforto se começam a manifestar ao invés de deixar que a situação se agrave. No meu caso, a deformação e incómodos começaram a instalar-se lentamente a partir dos meus doze anos, graças a essa bonita dádiva que é a herança genética. Passados 20 anos submeti-me à correção e não poderia estar mais contente com os resultados e toda a experiência. Aconselho vivamente a quem sofrer do mesmo mal.

Boa semana!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Renovação de Banqueta :: Entrada

Este blog conta uma história.
Ao longo destes 500 posts, reparo que os meus gostos decorativos foram ora evoluindo, ora se alterando.
Vejo decisões que hoje não faria e com as quais já não me identifico, mas até é giro ver isso documentado nas publicações mais antigas.

Uma delas é a banqueta que criámos para a entrada. Uma sapateira em pinho completamente reformulada para se tornar apenas uma banqueta com capacidade para alguns sapatos e ao mesmo tempo uma superfície confortável para sentar e descalçar (e para largar tralha!)
Na altura costurei durante horas para produzir um patchwork todo fofinho com tecidos Tilda, para forrar a almofada da banqueta. Passados 3 anos, já não gosto de ver aquele padrão na entrada. Prefiro usar este tipo de tecidos no quarto da minha filha e acho que é só...




Na altura impermeabilizei o tecido com um spray e manteve-se impecável até alguém pousar algo gorduroso (desconfio que foi uma lata de spray lubrificante para olear a porta) e deixar umas marcas feias no tecido. Desagrafei o tecido para o lavar, mas já não me apeteceu colocá-lo outra vez. Em vez disso, lembrei-me do tecido azul navy que já usei em diversos projectos como as almofadas ou o tabuleiro.
Infelizmente já não resta muito, e ficava curto dos lados. A solução mais simples que arranjei foi forrar todo o assento com tecido branco para disfarçar a falta de tecido dos lados e ajudar a formar um contraste minimamente interessante.
Como acabamento nas laterais, costurei fita de viés.









Felizmente, as nódoas de gordura saíram do patchwork mas ainda não me ocorreu nenhuma ideia para aproveitá-lo...

Boa semana!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Renovações no Espaço Exterior :: Diagnóstico e Boas Notícias

Por vezes temos melhorias a fazer nas nossas casas durante tanto tempo, que acabamos por nos habituar às mazelas e só as pessoas de fora é que reparam... Uma dessas melhorias em falta é no espaço exterior.



As paredes do nosso terraço estão uma desgraça e mesmo a precisar de ser pintadas, mas a tarefa foi sendo adiada essencialmente pelo investimento relevante que um tratamento de qualidade comporta. Sabíamos que pintar com uma tinta qualquer iria trazer resultados medíocres a curto prazo (como vimos pelo exemplo dos nossos vizinhos que têm um problema semelhante e pintaram com uma tinta em promoção. Escusado será dizer que passado um ano, têm as paredes como no início...)

Foi pois com agradável surpresa que fui abordada pela equipa do Produto do Ano com um desafio para o nosso espaço exterior: usar e dar a nossa opinião sobre a tinta eleita pelos consumidores como produto do ano 2014 - Cin Nováqua HD.


(Inserir coro celestial)

Desejávamos pintar esta área há já um par de anos e este convite mostrou-se a oportunidade ideal para o fazer. Não poderíamos receber melhor notícia!
A tinta acrílica para fachadas Nováqua HD garante elevada durabilidade e resistência aos agentes atmosféricos, e resistência ao desenvolvimento de fungos e algas, que é justamente um dos nossos maiores problemas:



Para além da pintura (e em seguimento das obras de pavimentação no ano passado), vamos aproveitar para renovar algum do mobiliário de exterior que está muito danificado, como as cadeiras em madeira de acácia e o guarda-sol. As mesas também precisam de atenção.





Só falta chegar o bom tempo para pôr mãos ao trabalho. Obrigada à Cin e ao Produto do Ano.

Boa semana!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Parede com Bolinhas :: A ideia mais fofa de todos os tempos


Há visitas aos armazéns dos chineses que valem a pena (já falei nisso no post sobre cerâmicos).
Desta vez fui a uma loja do tipo para comprar aqueles elásticos pequeninos e coloridos que a miudagem agora usa para fazer pulseiras (é uma febre na escola dos meus filhos).

E é quando me deparo com um utensílio que eu nunca comprei em lojas de crafts devido ao preço (que costuma ultrapassar os 10€): um punch. Por 3.50€ trouxe um punch para fazer círculos com 25 mm e ainda havia muitos outros motivos e tamanhos (com preços a partir de 1.50€).

Soube logo o que fazer: uma parede no quarto da minha filha com bolinhas douradas dispostas como confetis. Fofo!
A minha filha perguntou-me ainda na loja o que é que eu ia fazer com aquilo, mas eu fiz-me desentendida e respondi-lhe que ainda não sabia (mas desejosa de ver a reacção dela a tal fofura).

A maneira de fazer é muito simples: usa-se o utensílio para cortar os círculos na quantidade desejada e depois é só aplicá-los na parede no padrão que se pretende: mais certinho ou mais aleatório. A ideia não é nova, e existem muitos exemplos no Pinterest com diversas variações. O mais difícil foi resolver o problema do material a usar: o único papel autoadesivo que encontrei dourado (a cor que eu queria) era demasiado espelhado e o tom muito alaranjado, e eu achei que não ia combinar com o rosa malva suave das paredes do quarto. E papel? Até podia pintá-lo, mas depois como é que eu o fixava à parede sem a danificar nem fazer relevo? Queria uma coisa facilmente reposicionável, caso contrário poderia simplesmente ter pintado umas bolinhas na parede com tinta acrílica e toca a andar. Mas se a ideia corresse mal, iria ficar com uma parede estragada e eu não tenho mais tinta igual para remediar misérias...

A necessidade aguça o engenho, e embora estivesse certa que usar papel autoadesivo fosse a ideia certa, não estava para gastar 20$ + portes num papel maravilhoso da Amazon. Foi então que me ocorreu: pintar o papel autoadesivo. Comprei um rolo branco, experimentei com a tinta acrílica que usei noutros trabalhos e aquilo não cobria muito bem. Ia dar-me uma trabalheira pintar uma data de bolinhas, ou desperdiçar imensa tinta (que aqueles boiões são caros) numa folha e só depois recortar as bolinhas. Então experimentei com tinta em spray. Isto não vai aderir... isto vai ficar uma bela cag@da... Mas não, até ficou porreiro.


Palmadinha no meu ombro (depois de tantos dias a pensar no assunto, até me pareceu ouvir um coro celestial). O papel tem de curar por uns dias, caso contrário fica mole e o punch não funciona.


E se além disso, eu experimentasse colar purpurinas em algumas bolinhas para dar uma graça? Hiper fofo! Fofo e piroso, mesmo como a minha filha (ainda) gosta.

Usei cola da que normalmente se usa na técnica do guardanapo e salpiquei com glitter dourado.
Lição nº1 quando se trabalha com glitter: não espirrar.



De início pensei em colocar as bolinhas de forma aleatória, e ainda comecei, mas depois achei que por causa da disposição do mobiliário, poderia ficar melhor um padrão mais certinho, minimalista. Usei um quadrado de cartão para marcar todos os pontinhos à mesma distância entre si.


Colei as bolinhas douradas e as bolinhas com glitter por fileiras diagonais para uma combinação homogénea. Com a colaboração da dona do quarto, claro!



Gostámos tanto deste resultado! Até dá a ideia que é papel de parede.
E os adesivos são facilmente reposicionáveis e não danificam a pintura. Infelizmente as fotografias não fazem justiça ao brilho e graça que o glitter oferece.





Boa semana!


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