Tratar Mobiliário de Exterior

No nosso espacinho exterior, temos um conjunto de mesa e quatro cadeiras em madeira, que têm de ser limpas e tratadas todos os anos.

Não sei se são teca ou acácia (penso que seja esta última), mas sei que dão uma trabalheira, e se soubesse o que sei hoje, talvez tivesse optado por outro tipo de mobiliário em alumínio ou rattan, cuja manutenção é mais simples e económica.

Eu também deveria guardá-la em local seco e abrigado durante o Inverno e nunca o fiz, e agora a teimosia paga-se com mais esforço.

Eu uso um detergente específico para este tipo de mobiliário, que limpa mesmo em profundidade.
O produto é diluído em água e é aplicado á trincha, para depois se escovar energicamente e por partes, para o produto não secar (deve fazer-se este procedimento á sombra).

Também deve ter o cuidado de o fazer em tempo seco, em que não se preveja chuva nos dias seguintes, pois a madeira tem de secar muito bem antes do tratamento, e além disso, estará vulnerável à humidade nesse espaço de tempo.

O uso de luvas é indispensável... e prepare-se para fazer um grande chiqueiro.

Depois de bem limpa e seca (e passadas 48 horas), o aspecto da madeira era este.

Para hidratar a madeira e mantê-la protegida dos agentes atmosféricos, usei um protector específico para madeiras de exterior. Não uso óleo de teca porque temo que a mobília adquira um tom acinzentado com o tempo.

A madeira nutrida ganha logo este bonito tom dourado.

Dica: Guardo os copos que ficam manchados na máquina de lavar loiça para os pequenos trabalhos de bricolage.

Depois de aplicado este produto em todas as superfícies, a madeira não fica oleosa, e pode ser utilizada 24 horas depois.

Antes: feia e ressequida

Corte de Cabelo :: Falso Mohawk para Menino

Chamei o meu filho para lhe cortar o cabelo, que já estava bastante grande, e ele disse-me muito assertivamente, que queria que eu o deixasse comprido em cima e atrás, e que tinha visto um menino com um corte desses na escola.
Ri-me, e comecei a fazer-lhe a vontade na brincadeira. E ele não estava mesmo a brincar, quis que eu lhe fizesse aquele penteado vulgarmente chamado de falso mohawk (falso porque não se deixa o cabelo tão comprido e espetado, tipo o estilo punk rock anos 80).

Mas a mãe não sabe muito bem fazer esse penteado - disse-lhe eu, com sinceridade.
Sempre lhe cortei o cabelo desde que nasceu, e ao pai também, que não gasta dinheiro em barbeiros há 4 anos; mas não tenho aptidões para fazer cortes à escolha do freguês...

Mas se corresse mal não havia problema, rapava tudo como de costume...

Vou então explicar como fiz.

Comecei por passar a máquina de corte com o pente de 9mm dos lados.
Imaginei uma linha de cada lado da cabeça e defini a largura do mohawk: não queria demasiado largo nem demasiado estreito. Passei a máquina começando pela testa e acabando na nuca.
Achei que o cabelo em cima ficava com a altura ideal, e não lhe tirei comprimento, apenas aparei um pouco com a tesoura na linha de transição curto/longo, para suavizar o contraste.

Depois, com a máquina sem pente, aparei as patilhas, seguindo a linha da orelha, e fiz o mesmo atrás.
O fim do mohawk, na nuca, ficou com o tamanho original.

Este corte pode usar-se simples ou muito estilizado com gel ou outros fixadores.
O cabelo do meu filho só levanta com um fixador forte, e fotografei-o com os dois looks:

Nada mau para primeira tentativa!
E o cliente ficou super satisfeito.

O meu conselho para aqueles que querem começar a cortar o cabelo em casa, é começar por adquirir a melhor tesoura de cabelo que o seu orçamento permitir.
Como todos os meses corto o cabelo aos dois homens da casa, adquiri também uma capa com armação, que protege e retém os cabelos, não sujando o chão.

A máquina de cabelo já tem 12 anos e é muito simples, tem apenas dois pentes que permitem cortes de 3, 6, 9 e 12mm.
Aprende-se muito com os vídeos no Youtube. Foi assim que comecei a arriscar e a ganhar experiência a cortar o cabelo da rapaziada cá de casa, da minha filha e até a mim própria. Já poupámos muito dinheiro com isso!

Adoro ver o meu filho com este estilo bad boy fofinho.

Lençóis de Linho e Renda com História

Hoje vou falar de uma linda peça que é a perfeita simbiose entre a frescura do linho e a delicadeza da renda.
É um conjunto de lençol e duas fronhas com mais de 70 anos que me foi oferecido e eu ainda não tinha tido o prazer de experimentar.

A renda é muito fina e foi feita a pensar no enxoval, estávamos nos anos 40.

Foi depois aplicada a um lençol de linho que já tinha alguns motivos de flores bordados, e a duas fronhas com botões em ambos os lados.

Na inocência da juventude, a tia A. incluiu no crochet o seguinte dizer: 

"Não há amor como o nosso"

Quando eu vi aquilo disse que era muito engraçado e interessante o cuidado dela em adicionar tais palavras auspiciosas.

Ela responde-me abanando a cabeça: Não se sabia nada da vida. Era assim que nós (moças casadoiras da época) julgávamos que ia ser a vida e o casamento: um conto de fadas.

Curiosamente, a tia A. só casou aos 65 anos.
Felizmente já tinha bastante mais experiência de vida, era uma mulher vivida e viajada.

Os lindos lençóis tiveram pouco uso e passaram muitas décadas guardados numa gaveta.
O tempo quente levou-me a desdobrá-los e a apreciar a sua beleza e frescura.

Obrigada tia, vou cuidar bem deles.

Projecto Genético Divertido

Há algum tempo atrás vi um projecto muito interessante sobre fotografia de famílias, em que após várias décadas passadas sobre o retrato original, se recriavam os mesmos ambientes com as mesmas pessoas, na actualidade. Os intervenientes, bastante mais velhos, usam roupas semelhantes e estão nos locais originais (quando possível).

Esse interessantíssimo projecto do fotógrafo argentino Irina Werning, Back to the Future (e também Back to the Future 2), inspirou-nos para o que vamos mostrar a seguir.

Cá em casa, gostamos de folhear os álbuns antigos, e os meus filhos gostam de tentar encontrar as semelhanças que têm comigo (não há hipótese, eles são mesmo mais parecidos com a mãe).

Tive uma ideia muito engraçada para fazermos agora nas férias: o nosso próprio projecto, em que recriei (recriei é como quem diz... porque eu não sou nenhuma profissional, e era suposto ser uma brincadeira) cenários meus de criança, mas com os meus filhos.

Eles alinharam na brincadeira e foi muito divertido fazer estas fotografias:

Eu não o faria melhor do que eles.
Repare nos dentinhos idênticos aos meus, em qualquer uma das composições. Muito interessante!

Decorar com Mapas :: Inspiração Vintage

Em visita a umas das minhas papelarias favoritas, deparei-me com um poster muito bonito de inspiração vintage: um Atlas de tons muito frescos e suaves.
Era vendido como papel de embrulho, tinha um preço muito convidativo e umas dimensões perfeitas para a moldura Ribba da sala.

O papel é de óptima qualidade, e custou menos vinte euros do que uma gravura com as mesmas dimensões que eu vi na Leroy Merlin.

Antes

Depois

Depois lembrei-me que também poderia ficar bem no escritório.

Antes
A tela reciclada com papel de parede pode ser vista aqui.

Ai ai... não sei se é a ausência de passepartout que me deixa apreensiva em relação á composição final.
Gosto imenso da gravura, e não percebo porque fico tão indecisa... Acho que estava tudo melhor como estava... ou então terei de mudar uma série de coisas. Está tudo demasiado escuro: a estrutura do sofá, o baú, a secretária.

Já lhe aconteceu adquirir algo que gostasse muito e depois isso servir de inspiração para alterar algumas coisas ou mesmo toda uma divisão?
Querido, vou mudar a casa, vou vou!

Mudança de Visual

Para receber o Verão, e porque o meu cabelo já estava tão comprido que me maçava, fui ao cabeleireiro.

Está muito comprido - dizia a moça que me lavava o cabelo, com tom reprovador.
E quando respondo que é normal, porque há um ano que não ia ao cabeleireiro, nem queiram saber a cara que me fizeram. Nada comparado com a expressão seguinte, quando tentei amenizar a coisa dizendo que tinha cortado as pontas a mim mesma no Inverno. Sacrilégio!

Antes