terça-feira, 11 de outubro de 2016

Renovar o Quarto de um Pré Adolescente // Planificação

Desde que os meus filhos mais velhos, agora com 11 e 12 anos nasceram que venho fazendo renovações peródicas nos seus quartos para acompanhar o seu crescimento. Pequenas alterações decorativas que fazem toda a diferença, como uma colcha nova, uns cortinados, uns quadros mais a seu gosto...

No quarto da Diana, alterei recentemente o quadro na parede com mais destaque, e as prateleiras da secretária.
Agora era a vez do quarto do Eduardo. Decidimos rapidamente que iríamos dizer adeus ao azul das paredes e arranjar uma cadeira nova e mais confortável para a secretária, o pior foi o resto... Este rapaz não sabia dizer-me do que gostava, eu não conseguia tirar informação do pouco que ele dizia, e levou semanas a planear um estilo decorativo para o seu quarto. Também pesa o facto de o meu filho ter um pé na adolescência e outro na meninice: uma idade de transição em que é muitas vezes difícil perceber o que é que os miúdos gostam porque no fundo, nem eles sabem bem.

Pensei então numa forma de dar a minha opinião, ouvir a dele, e fazer com que ambos percebessemos exactamente do que o outro estava a falar. Com a ajuda do Instagram e do Pinterest, guardei várias imagens inspiradoras, mesmo que fosse apenas por causa de um único objecto, ou pelo tipo de sensação que a imagem transmitia. O meu filho fez o mesmo. No final, comparámos as imagens e conversámos bastante. O aparente desinteresse inicial transformou-se num entusiasmo palpável e bonito de ver. Subitamente, o meu filho já sabia muito bem do que é que gostava, e conseguia transmiti-lo!


Como não íamos mudar muita coisa no quarto, era importante fazer escolhas que tivessem impacto na decoração geral. Íamos manter a cama, secretária e restante mobiliário, por isso estávamos a contar fazer a diferença com os têxteis, decorações de parede e pintura. No fundo, eu queria fazer o máximo de diferença mas gastando o mínimo possível.
As gavetas do sistema de arrumação Trofast da Ikea só precisavam ser trocadas por outra cor. No fundo, estamos a eliminar o colorido e adoptar tons mais naturais e neutros: brancos, cinzas, madeiras, metais e salpicos de preto. O quarto neste momento está assim:


A escolha da decoração de parede revelou-se a parte mais complicada... é difícil escolher temas joviais mas que não sejam já demasiados infantis. Pesquisei imenso no Etsy e fui guardando alguns posters na pasta de favoritos para o meu filho ter mais facilidade em escolher. Os posters têm preços bastante simpáticos e permitem-nos imprimir o ficheiro no tamanho desejado, com toda a qualidade, as vezes que quisermos.


Para uma das paredes, reservei uma decoração diferente: vamos aplicar vinis decorativos, mas uma coisa diferente das citações ou desenhos habituais. O vinil escolhido vai consolidar o espírito nórdico da decoração, e ainda aligeirar o ambiente, tornando-o adequado tanto para um rapaz de 11 anos como para um bebé. O Martim vai começar cada vez mais a frequentar o quarto do irmão, e embora possa parecer impossível, penso que a decoração que foi planeada serve bem ambas as idades.

No próximo post desta série, mostro o progresso das pinturas e a colocação dos vinis.
Boa semana!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Reciclar uma Estante


A minha filha andava a pedir-me uma secretária nova para o seu quarto. Queria uma dentro do mesmo modelo mas tinha que ser branca. Expliquei-lhe que tinha uma secretária muito boa e que eu tinha pena de a pintar, sendo ela em madeira maciça e depois podia ficar a destoar do resto do conjunto do quarto.

Fiquei a pensar naquilo. Ocorreu-me então uma ideia para produzir uma modificação não permanente, económica e de fácil remoção. Ao mesmo tempo, resolveria um problema causado por humidade no painel inferior da secretária.

A estante da secretária ficaria um pouco mais leve e os objetos teriam mais destaque. E nada melhor do que começar as aulas com uma área de estudo rejuvenescida (e com menos tralha!).

Antes:


Fiz as medições necessárias e fui ao Leroy Merlin  comprar uma placa de mdf de 3 mm, lacada a branco de um dos lados (que mais parece um plastificado). Usei o serviço gratuito de corte para efetuar todos os cortes necessários. Poupei bastante tempo e trabalho com este serviço, e além do mais, não possuo maquinaria apropriada para fazer cortes perfeitos e sem mastigar o mdf.



Para fixar as placas aos fundos das prateleiras, usei uma fita dupla autoadesiva forte. O painel inferior foi fixado com cola prego, pois a madeira estava bastante danificada.






Também aproveitámos para redecorar a estante da Diana. Agora com 12 anos, e fã de dourado (não sei a quem é que a miúda sairá...!), trocou os livros de histórias para adormecer e outros bonequinhos por livros juvenis, caixinhas com vernizes e outros objectos nos seus tons preferidos.
Acho que a estante parece mais leve, e até dá a ilusão de ótica de não ter qualquer painel posterior, como se o branco fosse da parede.








Esta ideia de reciclagem foi mencionada no blog Marcenaria Inovar.

Boa semana!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Primeiro Mês do Martim // A Chegada de um Irmãzinho

A chegada de um bebé altera sempre a vida de uma família. Os meus filhos mais velhos ficaram delirantes quando souberam que eu estava grávida. Durante toda a gravidez, e enquanto me afagavam a barriga, diziam que ainda não acreditavam que estivesse mesmo um bebé lá dentro.


Quando o Martim nasceu, foi com grande curiosidade e entusiasmo que o foram conhecer. Para minha surpresa, esse entusiasmo em relação ao bebé não decresceu com o passar das semanas e o choro potente pela madrugada nos primeiros dias, pelo contrário! É um amor fraterno tão bonito e verdadeiro que dá gosto.
Não senti, até agora, que houvesse ciúme em relação a um estranho pequenino que vem de repente roubar todo o tempo e atenção da mãe. Chamam-lhe fofinho mesmo quando o Martim está mal disposto, e nunca mais acharam outro bebé bonito. O seu irmãozinho é o mais bonito de todos e em todas as circunstâncias!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Botas de Menina com Laços


No ano passado publiquei uma transformação que fiz às botas da minha filha - daquelas estilo pantufa - usando tachas.
Este ano comprei-lhe umas do mesmo estilo no eBay, mas mais altas e em rosa, que a cachopa adora tudo quanto é rosa, ou que tenha brilhantes... A marca original, Ugg, tem um modelo com laços muito fofo para as meninas (que a bem dizer é para todas as idades, mas eu gosto mais de ver nas crianças), muito fácil de replicar e por um custo baixíssimo.


É só escolher a cor desejada para a fita de cetim, fazer os laços e colar com cola quente.
Inicialmente, ia aplicar os 4 laços como tem o modelo da marca, mas eu e a minha filha concordámos que ficava melhor apenas um em cada bota.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Casaco de Menina Debruado


A minha filha tem um casaco às bolinhas que eu sempre imaginei que ficaria bem com um debruado contrastante, mais ou menos no tom do forro.
Visitei imensas retrosarias e por incrível que pareça, foi muito difícil encontrar a fita de veludo rosa que eu procurava: ou não gostava do tom, ou então tinha uma largura desadequada (muitas nem sequer tinham!). Após muitas visitas a lojas do ramo, acabei por encontrar este material vendido a metro numa loja dos chineses.


É uma fita de veludo tubular. Esta característica fez com que tivesse de ser aplicada à mão, sem costuras aparentes.

Mas não foi nada difícil: pontinho a pontinho fui aplicando o cordão com um ponto invisível e com a sua costura virada para o interior.


Apliquei no colarinho e nas abas dos bolsos. Ainda estou a ponderar colocar nos punhos também, mas temo que seja demasiado... gosto tanto de o ver assim!








segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Cama Ikea Reciclada

O meu filho cresceu e eu tive de lhe comprar uma cama maior (ele usava o modelo Kritter da Ikea).
Como o quarto é pequeno, queria um modelo simples, económico e numa cor clara. Escolhi o modelo Tarva, mas não gostei muito do tom da madeira, que ainda tem a tendência para amarelecer mais com os anos.

Usámos uma tinta de qualidade ótima que já tinha experimentado nos bancos de exterior. É super (hiper) resistente e tem a particularidade de deixar uma velatura branca muito bonita apenas transparecendo os veios da madeira.

Pintámos as secções de madeira antes de montarmos tudo. Foram necessárias duas demãos para o resultado pretendido.



 A tinta é mesmo resistente a uso intenso (os bancos estão sempre no exterior e continuam como novos) e oferece um tom muito bonito, a lembrar o estilo escandinavo.





Boa semana!


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sou só eu, ou este rato é um mimado?

Longe estava eu de pensar que a minha filha ia gostar tanto deste ratito da Zara Kids que lhe ofereci há um ano.
Trata-o por Sr. Squeaky e dorme com ele na cama.
Mas o rato tem uma caminha própria, ah pois, e a minha filha não fez as coisas por menos: tudo cor de rosinha com uma mantinha e um peluche. Porque um rato de peluche tem de ter um ursinho de peluche. Cor de rosinha.


Desejo a todos os leitores um bom fim de semana (à Sr. Squeaky).


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Parede com Bolinhas :: A ideia mais fofa de todos os tempos


Há visitas aos armazéns dos chineses que valem a pena (já falei nisso no post sobre cerâmicos).
Desta vez fui a uma loja do tipo para comprar aqueles elásticos pequeninos e coloridos que a miudagem agora usa para fazer pulseiras (é uma febre na escola dos meus filhos).

E é quando me deparo com um utensílio que eu nunca comprei em lojas de crafts devido ao preço (que costuma ultrapassar os 10€): um punch. Por 3.50€ trouxe um punch para fazer círculos com 25 mm e ainda havia muitos outros motivos e tamanhos (com preços a partir de 1.50€).

Soube logo o que fazer: uma parede no quarto da minha filha com bolinhas douradas dispostas como confetis. Fofo!
A minha filha perguntou-me ainda na loja o que é que eu ia fazer com aquilo, mas eu fiz-me desentendida e respondi-lhe que ainda não sabia (mas desejosa de ver a reacção dela a tal fofura).

A maneira de fazer é muito simples: usa-se o utensílio para cortar os círculos na quantidade desejada e depois é só aplicá-los na parede no padrão que se pretende: mais certinho ou mais aleatório. A ideia não é nova, e existem muitos exemplos no Pinterest com diversas variações. O mais difícil foi resolver o problema do material a usar: o único papel autoadesivo que encontrei dourado (a cor que eu queria) era demasiado espelhado e o tom muito alaranjado, e eu achei que não ia combinar com o rosa malva suave das paredes do quarto. E papel? Até podia pintá-lo, mas depois como é que eu o fixava à parede sem a danificar nem fazer relevo? Queria uma coisa facilmente reposicionável, caso contrário poderia simplesmente ter pintado umas bolinhas na parede com tinta acrílica e toca a andar. Mas se a ideia corresse mal, iria ficar com uma parede estragada e eu não tenho mais tinta igual para remediar misérias...

A necessidade aguça o engenho, e embora estivesse certa que usar papel autoadesivo fosse a ideia certa, não estava para gastar 20$ + portes num papel maravilhoso da Amazon. Foi então que me ocorreu: pintar o papel autoadesivo. Comprei um rolo branco, experimentei com a tinta acrílica que usei noutros trabalhos e aquilo não cobria muito bem. Ia dar-me uma trabalheira pintar uma data de bolinhas, ou desperdiçar imensa tinta (que aqueles boiões são caros) numa folha e só depois recortar as bolinhas. Então experimentei com tinta em spray. Isto não vai aderir... isto vai ficar uma bela cag@da... Mas não, até ficou porreiro.


Palmadinha no meu ombro (depois de tantos dias a pensar no assunto, até me pareceu ouvir um coro celestial). O papel tem de curar por uns dias, caso contrário fica mole e o punch não funciona.


E se além disso, eu experimentasse colar purpurinas em algumas bolinhas para dar uma graça? Hiper fofo! Fofo e piroso, mesmo como a minha filha (ainda) gosta.

Usei cola da que normalmente se usa na técnica do guardanapo e salpiquei com glitter dourado.
Lição nº1 quando se trabalha com glitter: não espirrar.



De início pensei em colocar as bolinhas de forma aleatória, e ainda comecei, mas depois achei que por causa da disposição do mobiliário, poderia ficar melhor um padrão mais certinho, minimalista. Usei um quadrado de cartão para marcar todos os pontinhos à mesma distância entre si.


Colei as bolinhas douradas e as bolinhas com glitter por fileiras diagonais para uma combinação homogénea. Com a colaboração da dona do quarto, claro!



Gostámos tanto deste resultado! Até dá a ideia que é papel de parede.
E os adesivos são facilmente reposicionáveis e não danificam a pintura. Infelizmente as fotografias não fazem justiça ao brilho e graça que o glitter oferece.





Boa semana!


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Stand up comedy na nossa sala

Quando se tem filhos pequenos assiste-se a pequenas pérolas como esta:

Ela: Deste um pum.
Ele: Não dei nada.
Ela: Deste, deste!
Ele: Não fui eu, foi a televisão...
Ela: Só se tens a televisão no rabo.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Remendar Roupa dos Miúdos de Forma Económica (com etiquetas da própria roupa)

Boys will be boys...

E o rapaz cá de casa não é excepção. Calças rotas nos joelhos, camisolas de malha que ficam presas sabe-se lá onde e vêm esburacadas para casa... Tive de inventar formas de recuperar este tipo de vestuário, senão andava sempre a comprar roupa para o miúdo.

Já tinha partilhado aqui como remendo os jeans que se rompem nos joelhos. Coloco quadrados de ganga (estes são das perneiras que sobraram quando fiz os calções para mim) no avesso, colados com cola para tecido. Não coloco remendos do lado de fora porque não gosto nada de ver (além de serem caros), e assim, mesmo se vendo o rasgão, fica fechado e reforçado. E dá um ar mais cool do que um remendo exterior...


Eu uso esta cola para tecidos comprada na Leroy Merlin. Tenho-a utilizado numa infinidade de trabalhos e é muitíssimo durável e resistente às lavagens. E não mancha os tecidos.

Acontece que nem todos os rasgões são assim tão simples.
Uma camisola de malha quase nova com um rasgão é motivo para dar cabo dos nervos de uma mãe. Pelo menos dos meus dá.


Remendei o buraco o melhor que pude, mas fica sempre a notar-se o arrepanhado... então lembrei-me de o tapar com um remendo à medida, mas de forma económica - ou grátis. Procurei pelas etiquetas que normalmente vêm nos colarinhos e encontrei esta que combinava e tinha o tamanho certo. Resolvido! Palmadinha no meu ombro.


Poucos dias depois, eis que minha adorável descendência me presenteia com mais um rasgão enorme numas calças de veludo.


Por mais voltas que desse, não conseguia coser aquilo sem ficar todo arrepanhado. Então lembrei-me de combinar as duas técnicas: colar um remendo pelo lado de dentro, e aplicar uma etiqueta do lado de fora. Usei um tecido parecido e colei-o com a cola para tecidos no lado do avesso.


Eu costumo deixar secar com uns livros em cima a fazer peso e deixo secar de um dia para o outro.


O problema seguinte era arranjar uma etiqueta que ficasse bem e que tivesse o tamanho adequado, porque este rasgão ainda era grande. A solução estava mesmo à minha frente: a etiqueta que vem na cintura, junto às presilhas:


Retirei-a com cuidado e apliquei-a na zona remendada usando uma linha grossa e aproveitando os mesmos furinhos dos pespontos originais:


O emblema é um bocado grande, mas como a roupa dos miúdos até costuma trazer decorações e apliques deste género, penso que ninguém vai imaginar que era um buraco que ali estava... e ainda pode utilizar as calças por mais uns tempos.



Boa semana!

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